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EUA: uma crise anunciada

* Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 5 de maio de 2025 Centro Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), vinculado à Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUÍ)

08/05/2025 às 18h00
Por: Felipe Alípio Fonte: * Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
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* Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 5 de maio de 2025 Centro Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), vinculado à Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUÍ)
* Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 5 de maio de 2025 Centro Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), vinculado à Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUÍ)

Desde que o populista Donald Trump ganhou a eleição nos EUA, em novembro passado, o mundo entrou em estado de alerta. As promessas de rompimento com a ordem econômica estabelecida, sem grandes avaliações de seus resultados, minaram a confiança internacional. Os efeitos negativos são enormes. A situação chegou a tal nível, em 100 dias de governo, que mesmo os donos das Bigtechs, apoiadores de Trump, reverteram suas expectativas em relação a seu governo. Afinal, desde a sua posse, em 20 de janeiro, as mesmas perderam US$ 3,8 trilhões em valor de mercado devido as medidas econômicas adotadas. Mas o quadro é bem pior. Um protecionismo exacerbado, como o adotado, não gera emprego nem renda adicional ao país que o pratica. A literatura e a prática econômica, há séculos, ensina isso. Pelo contrário, com o tempo enfraquece a economia. Especialmente se tal movimento se dá contra países importantes da economia global, caso da China. Como resultado, a população estadunidense enfrenta alta da inflação (as expectativas de inflação, para os 12 meses seguintes, subiram acentuadamente, passando de 2,6% em novembro para 5,0% em março); ameaça concreta de recessão econômica (o primeiro trimestre de 2025 registrou um PIB negativo de 0,3% da economia estadunidense); os valores refúgios, como o dólar e os títulos públicos dos EUA, perdem interesse e valor (algo inimaginável); o juro básico interno tende a subir novamente para conter a inflação etc. No front externo, os EUA deixam de ser confiáveis, acelerando a perda da liderança para a China que, pasmem, se coloca como arauto do livre-comércio e do globalismo; as moedas globais ganham valor perante o dólar (inclusive o Real); as commodities perdem valor diante da freada na economia mundial; isso representa empobrecimento global etc. Quando a irresponsabilidade política ocorre em uma nação de referência econômica, o mundo inteiro sofre as consequências, além, obviamente, da própria população do país. Assim, mesmo em uma democracia, não basta apenas votar! É preciso votar com conhecimento amplo de causa e de seus efeitos futuros, sem jamais esquecer as lições do passado. Algo que as Nações subdesenvolvidas esquecem seguidamente e que, no mundo radical de hoje, aparece também nas chamadas desenvolvidas. 

 

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