A atual onda de queimadas que assola diversas regiões do Brasil está gerando um impacto significativo na demanda por serviços de saúde pública. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou nesta segunda-feira, durante um evento do G20 sobre instituições nacionais de saúde no Rio de Janeiro, que os incêndios estão intensificando o número de atendimentos nas unidades de saúde, especialmente neste período do ano, que já é caracterizado por um aumento de doenças respiratórias.
Em agosto, o Brasil registrou o maior número de focos de incêndio na Amazônia desde 2010, com 38.266 ocorrências detectadas por satélites. Esse número mais que dobrou em relação ao ano anterior e representa uma alarmante marca para o mês. Além da Amazônia, o Pantanal, áreas do interior de São Paulo e outras regiões do Centro-Oeste, incluindo Brasília, também estão enfrentando severos incêndios.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a busca por atendimento médico tem sido particularmente alta entre crianças e idosos. "Estamos observando um aumento na procura pela rede de saúde devido a problemas respiratórios, e nossa preocupação é ainda maior com os grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças", afirmou. A ministra também ressaltou que, embora a situação seja preocupante e o impacto nas condições respiratórias seja evidente, o sistema de saúde está preparado para enfrentar o aumento na demanda. "Estamos reforçando nosso apoio e monitorando a situação de perto. A Força Nacional do SUS está em prontidão para auxiliar os Estados e municípios", acrescentou.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que a atual quantidade de focos de incêndio é uma das mais altas já registradas, refletindo a gravidade da crise ambiental e suas consequências para a saúde pública. A ministra garantiu que não há risco iminente de falta de leitos, embora a pressão sobre o sistema de saúde seja evidente e crescente.
O cenário demanda atenção contínua e medidas eficazes para mitigar os impactos das queimadas, que não apenas comprometem a saúde respiratória da população, mas também exacerbam problemas alérgicos e respiratórios já existentes. A situação destaca a necessidade urgente de ações coordenadas para enfrentar tanto os desafios imediatos quanto os efeitos de médio prazo sobre a saúde da população.
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