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De quem é a culpa?

* Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 23 de setembro de 2024 Centro Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), vinculado à Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUÍ)

23/09/2024 às 20h15
Por: Felipe Alípio Fonte: Argemiro Luis Brum
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* Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 23 de setembro de 2024 Centro Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), vinculado à Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUÍ) Foto – Arquivo pessoal
* Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 23 de setembro de 2024 Centro Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), vinculado à Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUÍ) Foto – Arquivo pessoal

Dentro do esperado, o Copom, por unanimidade, aumentou a taxa Selic na semana passada, passando a mesma para 10,75% anuais. E a tendência, nas próximas duas reuniões que encerram o ano de 2024, é de novos aumentos da mesma magnitude. Se isso vier a ocorrer a Selic fecha o ano em 11,25%, bem distante da expectativa inicial de 9% que se tinha. E muito distante do chamado juro neutro (contém a inflação e não freia o crescimento econômico) que estaria, hoje, ao redor de 5% anuais. Muito são os motivos, tanto externos quanto internos, que levam a este comportamento do Banco Central. Um deles é o sabido descompasso nas contas públicas, razão central da pressão inflacionária, cuja contenção dentro da meta (o teto atual é 4,5% ao ano) é o mandato principal do Banco Central brasileiro. Outro elemento, menos conhecido, também de natureza estrutural, precisa ser levado em conta. Trata-se do fato que a capacidade de crescimento do Brasil, hoje, empregando os recursos disponíveis sem gerar uma pressão inflacionária, fica próxima de 2%. Ou seja, toda a vez que a demanda aquece um pouco mais (na atualidade estimulada pelas políticas sociais do governo), por falta de produtividade do trabalho e do capital, geramos inflação indesejada. Ou ainda, o país não pode crescer, anualmente, acima de 1,8% a 2%, sem gerar inflação superior ao desejado. E, ao ocorrer isso, eleva-se o juro básico para contê-la, fato que também freia a economia e o círculo vicioso se estabelece. Ora, este nível de crescimento é muito abaixo dos 4% que precisamos para dar conta das necessidades do país. Assim, se não atacarmos os problemas estruturais graves que temos: controle adequado das contas públicas e aumento da produtividade do trabalho, via uma profunda melhoria na formação dos brasileiros, estaremos fadados, para convivermos com uma inflação “civilizada”, a coexistir com juros elevados, inibidores do crescimento. Isso considerando que crescimento, com inflação descontrolada, nunca foi o caminho (nossa história mostra isso). Assim, um país rico, com enorme potencial de crescimento e futuro desenvolvimento, como o nosso, se vê historicamente travado no subdesenvolvimento porque a sociedade que aqui vive se mostra incapaz (em muitos casos desinteressada) em gerar as condições sustentáveis de mudança para melhorar.

 

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